Priorizar a mobilidade a pé, interligando as edificações através de trilhas ecológicas, conectando dois lados do parque através de um túnel em armco sob a via principal, e valorizar o contato com a natureza respeitando a topografia local foi a base para a elaboração do projeto de arquitetura, urbanismo e engenharia do Parque Ambiental que integra o Parque Tecnológico da Bahia , em Salvador. Com o know how do escritório de arquitetura da Chastinet Arquitetura, Urbanismo e Engenharia, o projeto compreende trilhas ecológicas e centro de educação ambiental em uma perfeita harmonia com a paisagem do entorno e sua peculiar topografia.
O projeto do Parque Ambiental foi dividido em dois trechos interligados por uma passagem subterrânea (túnel) em armco sob a via principal. “A proposta de engenharia e arquitetura foi criar um ambiente propício para passeios lúdicos com fins educativos, despertando o interesse dos transeuntes pela ciência de forma integrada à educação ambiental e à vivência de espaços ecológicos”, destaca o sócio e diretor executivo do escritório de arquitetura, Fabio Chastinet. A função contemplativa é outra característica pontual do projeto, que incentiva a introspecção e inspiração criativa do público infanto-juvenil, por meio da utilização de equipamentos didáticos e divertidos.
Além das trilhas ecológicas, da passagem subterrânea e dos equipamentos urbanos, a arquitetura do Parque Ambiental conta ainda com um Centro de Educação Ambiental (CEA). No local, serão instalados brinquedos científicos, e será possível organizar exposições a céu aberto e ainda criar espaços de convívio. “Tudo foi pensado e planejado para promover o menor impacto ambiental, priorizando as soluções arquitetônicas que não causassem grandes alterações na topografia e vegetação existentes”, explica Fabio.
Assim, o escritório abusou de materiais ecológicos/sustentáveis e da implantação orgânica.
Até o traçado das trilhas respeitou o ambiente natural, preservando ao máximo as árvores existentes e respeitando as orientações do Plano de Desenvolvimento do Parque Tecnológico. A acessibilidade foi priorizada no projeto de arquitetura, com a manutenção de uma suave inclinação no trajeto, facilitando a realização do percurso pelos portadores de necessidades especiais. As plataformas de convívio dispostas ao longo das trilhas foram construídas em bases elevadas, apoiadas sobre pilotis de eucaliptos tratados em autoclave. Cada plataforma ganhou um tema específico, definido de acordo com o entorno.
No Trecho Sudoeste da trilha, estão dispostas cinco plataformas, além da estrutura do CEA, construída em eucalipto, com fechamentos em vidro e alvenaria, piso em madeira plástica reciclada, forma heptagonal aberta, telha em madeira plástica reciclada e com pé direto alto. As plataformas deste setor têm os temas: Convívio e Exposições, Instrumentos Musicais, Informações e Projeto Especial. Já o Trecho Nordeste possui seis plataformas, com os temas Mirante, Descanso, Convívio, Equipamentos de Ciência, Acesso Secundário e Informações.
O escritório de arquitetura Chastinet Arquitetura, Urbanismo e Engenharia também ficou responsável pelo desenvolvimento dos projetos complementares do Parque Ambiental, que incluem o Geométrico; Fundações e Estruturas; Instalações Hidro-sanitárias e Drenagem de Águas Pluviais; Instalações Elétricas e Iluminação Pública; Telemática (dados e voz); Segurança Eletrônica (CFTV); e Comunicação Visual. “O Parque Ambiental é um projeto muito representativo dentro do contexto do Parque Tecnológico da Bahia, pois imprimirá mais qualidade de vida ao espaço urbano, além de valorizar a educação ambiental nos conceitos de ciência e inovação”, destaca Milena Chastinet, sócia e diretora técnica da empresa.
O Parque Tecnológico da Bahia está localizado na Avenida Luiz Viana Filho, em Salvador, instalado em uma área de 581.000 m². A unidade vai funcionar como um centro de integração, para que estudantes, empresários, pesquisadores e demais interessados possam conviver e trabalhar na construção de soluções tecnológicas.
