Com a requalificação da Praça José Agenor Batista, em Jorrinho, principal espaço público do local, que abriga uma atrativa fonte de águas termais, o município baiano de Tucano oferecerá uma melhor infraestrutura de espaços e serviços e, consequentemente, mais qualidade no atendimento à atividade turística, significativa na localidade.
O projeto de Arquitetura, Urbanismo e Engenharia ficou a cargo do escritório Chastinet. “Nossa proposta foi criar uma área de lazer que ao mesmo tempo proporcionasse um espaço de integração e entretenimento para os moradores locais, consultados em reuniões e entrevistas, e oferecesse qualidade no atendimento ao turista, através da organização dos espaços e, principalmente, do resgate e valorização do Rio Itapicuru, recurso hídrico que margeia a praça. Nossa proposta inclui ainda a construção de bares e restaurantes, implantação de vestiários, parque infantil e palco, além de um espaço para os vendedores ambulantes, nas imediações da via principal de acesso, organizando a atuação destes profissionais, bem ativos no local”, conta o arquiteto Fabio Chastinet, sócio e diretor executivo da empresa.
O projeto empreendido pela Chastinet priorizou as necessidades funcionais da praça, com foco na mobilidade para os pedestres e portadores de necessidades especiais, no ordenamento das áreas de estacionamento e na requalificação dos espaços. “Investimos na ampliação da área da praça, delimitando melhor os espaços para os diversos usos e valorizando sua integração com os recursos naturais existentes, especialmente o Rio Itapicuru e a fonte de águas termais”, explica a arquiteta Milena Chastinet, que assina a direção técnica do projeto.
O Projeto Urbanístico aproveitou a declividade natural do terreno no favorecimento da acessibilidade, bem como do projeto de drenagem, que tirou partido desta para melhor condução das águas pluviais ao seu destino final. Todo o projeto de infraestrutura respeitou as exigências da norma NBR 9050 e da Lei 10.089. Assim, o traçado dos elementos de urbanização, as passagens e percursos, rampas e escadas foram concebidos, respeitando os critérios de mobilidade urbana e acessibilidade, oferecendo comodidade e segurança aos usuários da praça e facilitando a circulação. Um calçadão também foi proposto, conectando a praça ao rio e integrando os dois espaços, através do tratamento paisagístico de suas margens.
A pavimentação foi toda modificada, sendo proposto o piso intertravado, devido as suas características. Este tipo de piso é composto por peças pré-moldadas de concreto feitas de cimento estrutural branco com adição de pigmentos especiais. O revestimento permite a drenagem das águas da chuva, pois é assentado diretamente sobre o solo ou areia, o que facilita o escoamento da água. Já para a parte da fonte, o piso granilite foi escolhido por ser antiderrapante, apresentar boa resistência e durabilidade.
Com relação ao sistema viário, foi sugerida a concentração do estacionamento dos veículos de passeio na praça ao lado, que oferece um excelente espaço aberto, já utilizado para este fim, reduzindo o fluxo de veículos no local e impedindo a poluição sonora. Também foi proposta a restrição do trânsito de veículos pesados pela ponte, a fim de preservá-la e de reforçar o ordenamento da via principal. A construção de um portal com 2,70m de altura no final da ponte funcionará como limitador de altura, além de portal de entrada ao povoado.
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